São Paulo, Brasil
26/05/2012 - 27/05/2012

Pela primeira vez, o público brasileiro poderá ver um contraponto dos dois mestres da escola cinética.

Para fechar em grande estilo a oportunidade de mostrar, pela primeira vez no Brasil, um conjunto de obras de dois  artistas da maior relevância na cena contemporânea internacional do século XX, a Dan Galeria promove uma grande exposição em sua sede.

O recorte curatorial recaiu sobre as obras de Alexander Calder e de Jesus Soto, dois artistas cuja inquietação que culminou nos seus trabalhos cinéticos estão lastreados  na obra de um mesmo mestre, Piet  Mondrian.

Foi depois de uma visita ao ateliê de Mondrian que Calder teve a primeira ideia de criar uma obra em movimento. Assim,  iniciou suas primeiras composições cinéticas instigado pelo movimento dos planetas no céu que podia por vezes abrigar simultaneamente o sol nascente e uma lua que evanescia.

Por sua vez Soto, ao chegar da Venezuela para uma residência de um ano em Paris em 1951, encantou-se com a síntese da forma expressa no trabalho de Mondrian, mas acrescentou a sobreposição de planos que detonou todo o processo de uma obra que teria o efeito cinético para além do efeito ótico.

Pela repercussão e pelo interesse demonstrado pelo publico em relação às obras dos dois artistas durante a SP Arte, a Dan Galeria achou que  deveria oferecer ao público a oportunidade de fazer o contraponto dos dois mestres fora do âmbito da feira. O objetivo da mostra, de curtíssima duração,  é permitir uma visão comparativa da obra dos artistas e que essa identidade estética possa ser percebida além das interferências que a feira trazia.

Exibindo 8 obras de Soto e 7 de Calder, trata-se da primeira mostra exclusiva no País  dos dois artistas, que, coincidentemente, estiveram no Brasil por três vezes, em exposições individuais ou em Bienais, e que revelaram-se fãs apaixonados de nosso povo e de nossa cultura.

Alexander Calder, Jesus Soto